domingo, 27 de novembro de 2011

Blues britanico

John Mayall & the Bluesbreakers

John Mayall & the Bluesbreakers são uma banda pioneira do blues britânico, liderada pelo cantor, compositor e multi-instrumentalista John Mayall, OBE. Mayall usou o nome da banda entre 1963 e 1967, quando o largou por quinze anos. Entretanto, em 1982, um 'Return of the Bluesbreakers' ('Retorno dos Bluesbreakers') foi anunciado e o nome foi mantido desde então. O nome tornou-se genérico sem uma clara distinção entre as gravações que são creditadas apenas ao líder ou ao líder e à banda. Os Bluesbbreakers incluíram músicos como:
Eric Clapton (abril-agosto de 1965, novembro de 1965-julho de 1966) e Jack Bruce, os quais saíram para formar o Cream;
Peter Green, que substituiu Clapton, tocou até agosto de 1967, quando saiu com Mick Fleetwood e então, junto com John McVie, formou semanas depois a Fleetwood Mac;
Mick Taylor (agosto de 1967-julho de 1969), que depois foi membro dos Rolling Stones, e se voltou se reunir em shows em 1982–1983 e 2004;
Harvey Mandel, Walter Trout, Larry Taylor (todos que depois tocaram na Canned Heat);
Don "Sugarcane" Harris, Randy Resnick, Aynsley Dunbar, Dick Heckstall-Smith, Andy Fraser (da Free), Chris Mercer, Henry Lowther, Johnny Almond e Jon Mark (depois da Mark-Almond).

Os Bluesbreakers foram formados em janeiro de 1963 e se tiveram diferentes formações, com mais de cem diferentes combinações de músicos[1].
Eric Clapton tocou na banda e 1965, apenas alguns meses depois de ter lançado seu primeiro álbum. Clapton trouxe as influências do blues para o primeiro plano do grupo.
A banda perdeu seu contrato de gravação com a Decca aquele ano, que também viu o lançamento de um single chamado "I'm Your Witchdoctor" (produzido por Jimmy Page), seguido pelo retorno à Decca em 1966. O álbum Bluesbreakers with Eric Clapton (também conhecido como The Beano Album, porque Clapton é mostrado na foto de capa lendo uma cópia da revista) foi lançado no final daquele ano; ele alcançou o Top Ten no Reino Unido.
Clapton e Jack Bruce deixaram o grupo naquele ano para formarem o Cream. Clapton foi substituído por Peter Green no álbum A Hard Road; depois ele saiu para formar o Fleetwood Mac. Em 1969, o terceiro guitarrista da banda foi embora: Mick Taylor ia tocar nos Rolling Stones.
Com algumas interrupções, os Bluesbreakers continuaram a lançar alguns álbuns e fazer turnês, apesar de nunca terem alcançado a aclamação popular ou da crítica pelo seu material inicial. Em 2003, Eric Clapton, Mick Taylor e Chris Barber reuniram-se com a banda para o 70th Birthday Concert de John Mayall, em Liverpool — o show foi depois lançado em CD e DVD. Em 2004, a sua formação incluía Buddy Whittington, Joe Yuele, Hank Van Sickle e Tom Canning, e a banda fez turnês pelo Reino Unido com Mick Taylor como músico convidado.
Em novembro de 2008, Mayall anunciou no seu sítio que estava saindo dos Bluesbreakers para diminuir a sua carga de trabalho e se dar liberdade para trabalhar com outros músicos.
Johnny Almond, antigo membro da banda, morreu em 18 de novembro de 2009 de câncer, com sessenta e três anos.[2]
[editar]Discografia

[editar]Álbuns
1965: John Mayall Plays John Mayall (Decca*)
1966: Blues Breakers with Eric Clapton (Decca*)
1967: A Hard Road (Decca*)
1967: John Mayall's Bluesbreakers with Paul Butterfield (Decca EP 45)
1967: Crusade (Decca*)
1967: The Blues Alone (Ace of Clubs*)
1968: Diary of a Band Volume 1 (Decca*)
1968: Diary of a Band Volume 2 (Decca*)
1968: Bare Wires (Decca*)
1968: Blues from Laurel Canyon (Decca*)
1969: Looking Back (Decca*)
1969: Thru the Years (London)
1969: Primal Solos (Decca)
1969: The Turning Point (Polydor*)
1970: Empty Rooms (Polydor*)
1970: USA Union (Polydor*)
1971: Back to the Roots (Polydor*)
1971: Memories (Polydor*)
1972: Jazz Blues Fusion (Polydor*)
1973: Moving On (Polydor)
1973: Ten Years Are Gone (Polydor)
1974: The Latest Edition (Polydor)
1975: New Year, New Band, New Company (ABC - One Way*)
1975: Notice to Appear (ABC - One Way*)
1976: Banquet in Blues (ABC - One Way*)
1977: Lots of People (ABC - One Way*)
1977: A Hard Core Package (ABC - One Way*)
1978: The Last of the British Blues (ABC - One Way*)
1979: The Bottom Line (DJM)
1980: No More Interviews (DJM)
1982: Road Show Blues (DJM*)
1982: Return of the Bluesbreakers (Aim Australia)
1985: Behind the Iron Curtain (GNP Crescendo*)
1987: Chicago Line (Entente - Island*)
1988: The Power of the Blues (Entente*)
1988: Archives to Eighties (Polydor*)
1990: A Sense of Place (Island*)
1992: Cross Country Blues (One Way*)
1994: The 1982 Reunion Concert (One Way*)
1993: Wake Up Call (Silvertone*)
1995: Spinning Coin (Silvertone*)
1997: Blues for the Lost Days (Silvertone*)
1999: Padlock on the Blues (Eagle*)
1999: Rock the Blues Tonight (Indigo*)
1999: Live at the Marquee 1969 (Eagle*)
2000: Time Capsule (Private Stash) Limited release, website only, no longer in print
2001: UK Tour 2K (Private Stash) Limited release, website only, no longer in print
2001: Boogie Woogie Man (Private Stash*) Limited release, website only
2001: Along for the Ride (Eagle/Red Ink*)
2002: Stories (Eagle/Red Ink*)
2003: No Days Off (Private Stash*) Limited release, website only
2003: Rolling with the Blues (Shakedown UK*)
2003: 70th Birthday Concert CD & DVD (Eagle*)
2004: Cookin' Down Under DVD (Private Stash*) Limited release, website only
2004: The Godfather of British Blues/Turning Point DVD (Eagle*)
2004: The Turning Point Soundtrack (Eagle*)
2005: Road Dogs (Eagle*)
2007: Live at the BBC (Decca*)
2007: In the Palace of the King (Eagle*)
[editar]DVDs
1982: Blues Alive VHS (re-released on DVD in 2004 as Jammin' With the Blues Greats), um show filamdo em junho de 1982 no Teatro de New Jersey com uma formação de Mayall, Mick Taylor, John McVie, e Colin Allen, e convidados Etta James, Junior Wells, Buddy Guy, e Albert King
2003: 70th Birthday Concert CD & DVD (com Eric Clapton)
2004: The Godfather of British Blues/Turning Point DVD
No sítio de John Mayall somente:
2004: Cookin' Down Under DVD

http://www.youtube.com/watch?v=xwGL5LDb4u8



MATHEUS PEREIRA CLARO APOSTOLO Nº14 2 ANO B
Origens:

O blues estadunidense se tornou conhecido no Reino Unido da década de 1930 em diante através algumas fontes, como gravações levadas ao país, particularmente por negros do exército americano estacionados lá na Segunda Guerra Mundial e na Guerra Fria, e também através de importações ilegais. O blues era relativamente conhecido para músicos britânicos de jazz e fãs e presente especialmente nos trabalhos de figuras como as cantoras Ma Rainey e Bessie Smith e os influenciados pelos blues Boogie Woogie de Jelly Roll Morton e Fats Waller.
Em 1955, a maior parte das gravações britânicas eram realizadas na HMV e EMI, sendo que esta trouxe a sua subsidiária Decca Records, que começou a distribuir o jazz americano, aumentando as gravações de blues para o que era um mercado emergente. Muitos tiveram contato com a música através da mania do skiffle na segunda parte da década de 1950, particularmente pelas canções de Leadbelly, interpretadas por artistas como Lonnie Donegan. Como o skiffle começou a perder popularidade no final dessa década e o rock and roll britânico começou a dominar as paradas, vários músicos foram do skiffle para o blues. Entre esses estava o guitarrista e tocador de gaita Cyril Davies, que fez cuidou do London Skiffle Club (Clube de Skiffle de Londres), que tinha sede na casa pública Roundhouse em Londres, e o também guitarrista Alexis Korner. Ambos trabalharam para o líder de bandas de jazz Chris Barber, tocando no segmento R&B que ele introduziu para o espetáculo. O clube servia como um ponto de encontro para os atos do skiffle britânico e Barber era responsável por trazer músicos americanos de folk e blues, os quais eram muitos melhor pagos e mais conhecidos na Europa do que em sua terra natal. O primeiro grande artista foi Big Bill Broonzy, que visitou a Inglaterra na metade da década de 1950, mas que mais do que o seu Chicago blues elétrico, tocava um folk blues ajustando-se às expectativas do blues americano como um forma de música folk. Em 1957, Davies e Korner decidiram que o seu interesse central era o blues e fecharam o clube de skiffle, reabrindo-o um mês depois como The London Blues and Barrelhouse Club (O Clube de Blues e Bar de Londres).[4] Nesse momento, o blues britânico era tocado imitando o Delta blues e o country, fazendo parte da segunda onda emergente do folk britânico. Criticado ao mudar esse estilo, Muddy Waters, que visitou o país em 1958, inicialmente chocou as audiências britânicas ao tocar um blues elétrico com amplificadores; porém, brevemente já estava tocando para multidões estáticas e em delírio. Davies e Korner, tendo já se separado de Barber, agora tocavam um blues elétrico amplificado que se tornou modelo para o sub-gênero; eles formaram a banda Blues Incorporated.
A Blues Incorporated tornou-se algo como uma casa aberta para músicos de blues no final dos anos 50 e no início da próxima década. Muitos artistas fizeram parte da banda ou participaram de sessões, tais como Mick Jagger, Charlie Watts e Brian Jones (que depois seriam dos Rolling Stones), Jack Bruce e Ginger Baker (fundadores da Cream), Graham Bond e Long John Baldry. A casa rotineira de apresentações do grupo era o Marquee Club e daí que veio o nome para o primeiro álbum de blues britânico , R&B from the Marquee, lançado pela Decca. O modelo de blues elétrico serviu de base para várias bandas, como The Rolling Stones, The Animals e The Yardbirds. O auge desse primeiro movimento de blues veio com John Mayall, que se mudou para Londres no início dos anos 1960 e depois formou os Bluesbreakers, cujos membros incluíram Jack Bruce, Aynsley Dunbar e Mick Taylor. Particularmente significativo foi o álbum de 1966 Blues Breakers with Eric Clapton, considerado uma das gravações seminais do blues britânico. O disco foi notável pela sua direção e ritmo e por um som distorcido vindo da guitarra Gibson Les Paul de Clapton e de um amplificador Marshall, os quais se tornaram algo como uma combinação clássica para os guitarrista de blues britânico (e depois também para os de rock). Ele também fez clara a supremacia da guitarra, vista como uma característica que distinguia o sub-gênero. Peter Green começou o que é chamada de "segunda grande época do blues britânico". Green substituiu Clapton nos Bluesbreakers; Clapton havia saído para formar o Cream. Em 1967, depois de uma gravação com os Bluesbreakers, Green, com Mick Fleetwood e John McVie, também da banda, formaram a Fleetwood Mac. Um fator chave no desenvolvimento da popularidade e da música pelo Reino Unido e pela Europa no começo da década de 1960 foi o sucesso das turnês do American Folk Blues Festival, organizadas pelos produtores alemães Horst Lippmann e Fritz Rau.
A ascensão do blues elétrico e o seu sucesso no mainstream significaram que o blues acústico britânico estava completamente ofuscado. No começo da década de 60, Bert Jansch, John Renbourn e particularmente Davy Graham, pioneiros do violão folk (que tocaram e gravaram com Korner), tocaram blues, folk e jazz, desenvolvendo um estilo de tocaram guitarra conhecido como folk baroque. O blues britânico acústico continuou a se desenvolver como parte de uma cena folk, com figuras como Ian Anderson e a sua Country Blues Band, Al Jones e Mike Cooper. Muitos músicos do gênero puderam alcançar um pequeno sucesso comercial mas, na maioria, encontraram muita dificuldade para ganhar algum reconhecimento pelas suas "imitações" do blues dos EUA.

O "boom" do blues britânico:

Enquanto a Blues Incorporated e a Mayall's Bluesbreakers eram bem conhecidos nos circuitos de jazz e R&B de Londres, a próxima geração de bandas de blues britânico estavam prontas para ter uma popularidade no mainstream. Os Rolling Stones e os Yardbirds foram beneficiados pelo Beat Boom britânico que começou a romper a barreira do seu a partir de 1962 e que, em 1964, levou essa bandas a encabeçarem a Invasão Britânica. Além de covers de canções do Chicago Blues, os Stones interpretavam músicas de Chuck Berry, Buddy Holly e Bobby e Shirley Womack. Foi com uma canção destes que a banda teve uma música sua como número um no Reino Unido, em 1964. O blues continuou influenciando a música dos Rolling Stones - o seu lançamento de Little Red Rooster como single levou a canção ao topo das listas do país, em dezembro de 1964 - mas eles não eram somente um grupo de blues. Os Yardbirds tiveram um pouco de sucesso com o single "For Your Love", baseada em blues e com alguns sons pop, em 1965, o que causou a saída de Eric Clapton da banda. Como no caso dos Stone, o blues continuou sendo a maior influência entre muitas outras nos Yardbirds, mesmo com diferentes formações, que incluíram Jeff Beck e Jimmy Page. A outra banda que teve um impacto similar nesse período foi a The Animals, que tinha um som dominado pelos teclados de Alan Price, não muito usual à época, e uma das poucas vozes que podiam rivalizar com os cantores de blues americano pelo impacto, com Eric Burdon nos vocais. Eles se mudaram para Londres em 1964 e lançaram uma série de singles de sucesso, começando com "House of the Rising Sun", misturando folk e soul mais comerciais, enquanto seus álbuns eram dominados por um padrão de blues.
Em contraste, a próxima onda de bandas, formadas por volta de 1967, como Cream, Fleetwood Mac, Ten Years After e Free, perseguiu uma rota diferente, mantendo um padrão de blues no seu repertório e produzindo um material original que sempre evitava óbvias influências pop, colocando ênfase na virtuosidade individual. O resultado foi caracterizado como Blues-rock e indiscutivelmente marcado como a separação do pop e do rock, que foi a característica da indústria de gravadoras po várias décadas. A Fleetwood Mac é frequentemente consideradas por ter produzido alguns os melhores trabalhos do sub-gênero, com interpretações originais de Chicago Blues. Eles foram também o grupo mais bem-sucedido comercialmente, com seu homônimo álbum de estreia, atingindo o top 5 dos Reino Unido no começo de 1968 e atingindo o número um em 1979 com o single instrumental "Albatross". Isso foi, como Scott Schinder e Andy Schwartz colocaram, "o apogeu do boom do blues britânico". Um rápido declínio se seguiu, com as bandas e os músicos sobreviventes tendendo a se mover para outras áreas em expansão do rock. Alguns, como Korner e Mayall, continuaram a tocar uma "pura" forma de blues, mas muito longe das notícias do mainstream. A estrutura dos clubes, pontos de encontro e festivais que tinham crescido no início da década de 1950 virtualmente desapareceram nos anos 70.

Sobrevivência e ressurgência:

Apesar de ofuscados pelo crescimento do rock, o blues não desapareceu no Reino Unido, com bluesmen americanos como John Lee Hooker, Eddie Taylor, e Freddie King continuando a serem bem recebidos no país. Uma cena doméstica ativa liderada por figuras como Dave Kelly e sua irmã, Jo Ann Kelly, ajudou a manter o blues acústico vivo no circuito britânico de folk. Dave Kelly também foi um dos fundadores do The Blues Band com os antigos integrantes da Manfred Mann, Paul Jones e Tom McGuinness, Hughie Flint e Gary Fletcher. A Blues Band foi creditada como ter dado o pontapé inicial para um segundo "boom" do blues no Reino Unido, que, pelos anos 1990, liderou festivais pelo país, incluindo The Swanage Blues Festival, The Burnley National Blues Festival, The Gloucester Blues and Heritage Festival e The Great British Rhythm and Blues Festival em Colne.
O século vinte e um viu uma explosão de interesse no blues no Reino Unido que pode ser vista pelo sucesso de atos anteriormente desconhecidos como Seasick Steve,[22] in the return to the blues by major figures who began in the first boom, including Peter Green, Mick Fleetwood, Chris Rea and Eric Clapton, assim como a chegada de artistas mais jovens como Matt Schofield e Aynsley Lister.

Impacto:

Além de sar um começo a mutios músicos importantes do blues, pop e rock, a cena britânica de blues também deu origem a sub-gêneros do rock como o rock psicodélico e o rock progressivo. A perseguição dessa linha de desenvolvimento desde o final da década de 1970 formou bandas de rock baseadas no blues, como Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath, que liderariam o Hard rock, e mais recentemente, o Heavy rock e Heavy metal.
Talvez a mais importante contribuição do blues britânico seja a surpreendente re-exportação do blues americano de volta para os Estados Unido, onde, com o sucesso de bandas como Rolling Stones e Fleetwood Mac, audiências de brancos começaram a olhar novamente a músicos negros de blues como Muddy Waters, Howlin' Wolf e John Lee Hooker, que, repentinamente, começaram a ser atração na classe média de brancos americanos. O resultado foi a re-avaliação de blues nos Estados Unidos, o que fez com que muitos americanos mais facilmente se tornassem músicos de bues, abrindo portas para o Southern rock e o desenvolvimentos do Texas blues com músicos como Stevie Ray Vaughan.

Blues antigo

0 Blues foi uma das principais fontes de todos os gêneros musicais americanos: jazz, soul, disco, rock'n roll, uma boa parte da música pop, da corrente folk urbana os anos 60 e mesmo, de modo significativo, da música country em todas as suas derivadas - western swing, bluegrass, rockabilly...
As características essenciais do Blues - swing, poema de 12 compassos, alterações da escala maior - são encontradas, de um modo ou de outro, em um número considerável de artistas de gêneros e estilos tão diferentes como Ornette Coleman ou Frank Sinatra, os Rolling Stones ou Doc Watson, e até na Europa do Leste e a Ásia! De Johnny Holliday a Michel Jonasz, pouquíssimos artistas atuais de música popular seriam o que são sem um empréstimo freqüente do Blues. Paradoxalmente, se a importância do Blues na criação na elaboração de todas essas músicas do século XX é relativamente reconhecida, muitas exegeses só deram ao Blues o valor de fonte, negando-lhe qualquer evolução específica e qualquer vida autônoma. Entretanto, nos últimos anos, o Blues se impôs na Europa - principalmente na França - como um gênero bem particular, com seu público, que não cessa de crescer, seus grandes nomes, suas revistas especializadas. Os concertos e turnês se multiplicam, várias obras dedicadas a esse gênero aparecem, e catálogos de Blues são atualmente encontrados em todas as lojas de discos, engrossando as opções até a exaustão, o que em absoluto não era o caso há apenas uma década. Mas, se o apreciador de Blues reconhece instantaneamente "sua" música, raramente é capaz de situar seus contornos e limites, e muito menos retratar sua história e sua evolução. Com efeito, muitos conflitos vêm da ausência de uma análise em profundidade, avivada até em data recente pela fragilidade da pesquisa etnomusicológica norte-americana nesse campo. De fato, contrariamente ao jazz, cuja vocação universalista o fez sair rapidamente de seu contexto etnocultural de origem, o Blues foi a primeira e principal forma cultural especificamente negro-americana e, enquanto tal, foi - como o povo negro que a criou e até meados dos anos 60 - objeto de desprezo ou de ignorância dos americanos brancos - apesar de transtornar insidiosamente e seguramente, por sua incomparável originalidade, seu vigor e sua riqueza, toda a música americana - antes de estender-se ao Velho Continente.
A história do Blues, sua evolução, suas sucessivas mutações são inseparáveis da longa subida para a superfície do povo negro americano, para quem, durante várias décadas, o Blues foi, mais que uma música, seu principal meio de expressão, desempenhando igualmente, desde então, um papel sociológico e psicológico absolutamente não-habitual na música moderna do mundo ocidental. Na realidade, e é preciso insistir neste ponto, o Blues é uma etnomúsica mas em condições sócio-históricas tais, que pôde ser explorada comercialmente antes de tornar-se objeto de estudos científicos! É só, portanto, através de uma abordagem desse tipo etnomusicológica, sociológica e histórica - que se pode compreender realmente o Blues e dar-lhe seu lugar exato na civilização americana. Porque, nascido de uma longa tradição oral e abalando então pesadamente as regras do solfejo e da harmonia, o Blues desafiou durante muito tempo os hábitos da escrita musical. Todo estudo profundo do Blues deve então apoiar-se em raras fontes escritas, na escuta atenta e comparativa das gravações sonoras desde 1930 (data do primeiro disco de Blues e nas entrevistas insubstituíveis dos mais antigos músicos vivos desse gênero musical, que freqüentemente seguiram ou mesmo precederam a evolução acelerada de seu povo e de sua música. Pois não esqueçamos que apenas um século separa o fim da Guerra de Secessão e a emancipação dos escravos negros do reconhecimento internacional do Blues! Este pequeno site deseja ser a síntese de muitos anos de consultas de todas essas fontes, de numerosos testemunhos e entrevistas, realizadas às vezes por mim mesmo dentre as quais algumas serão aqui utilizadas pela primeira vez, de um conhecimento interior e exterior dessa música e sobretudo das pessoas que inicialmente o criaram, ou seja, o sofrido povo negro americano.


Aparecimento da balada negra: o Blues.
Paralelamente, o songster elaborava, sobre o modelo das baladas populares de origem anglo-saxônica, verdadeiras canções de gesta, que falavam de homens negros a homens negros. Tal acontecimento, tal personalidade, tal bairro de tal cidade, tal marginal lutando contra a sociedade (... dos brancos) davam matéria a uma balada que era divulgada de vilarejo em cidade, de acampamento de trabalhadores em bordel, que era retomada, aumentada, aperfeiçoada, adaptada à personalidade de cada novo contador.
Frankie and Albert (que se tornou Frankie and Johnnie), Colombus Stockade Blues, Duncan and Brady, House of the rising sun, Ella Speed, Railroad Bill, Lining track, Pick a bale of cotton, Going down the road feeling bad são alguns dos títulos que datam dessa época e que, retomados por inúmeros cantores negros e depois brancos, chegaram até nós em versões arranjadas segundo o gosto das épocas sucessivas. Quanto à mais célebre balada americana de origem negra (e talvez de todas as origens confundidas), John Henry, Alan Lomax coletou 147 diferentes versões!
Como se lembrava Furry Lewis, que conheceu bem toda essa época:
"... o songster ia à igreja, e o pregador vinha dançar no vilarejo, o jovem músico vencia ao tornar-se pianista em um dos bares de Memphis e freqüentemente, com a idade, tornava-se pregador".
Pouco a pouco, essas grandes atividades musicais dos negros americanos se influenciaram mutuamente, imbricaram-se umas sobre as outras, dando um embrião de codificação, uma espécie de "regra de ouro da balada negra" que, alguns anos mais tarde, o disco veio reforçar e depois estratificar.
Foi assim que em algum lugar do século XX - do fazendeiro solitário dedilhando seus hollers, chaing gangs de prisioneiros perpetuando os sotaques das work-songs do tempo da escravidão, do pregador inflamando as almas dos fiéis com a ajuda de sua guitarra, do pianista de casa de jogo martelando suas teclas para que sua clientela dançasse e do cantor itinerante disseminando suas baladas - surgiu o Blues.

Uma das artistas de blues antigo é a Bessie Smith (Chattanooga, Tennessee, 15 de abril de 1894 - Clarksdale, Mississippi, 26 de setembro de 1937) foi uma cantora de Blues norte-americana.
Às vezes referida como "A Imperatriz Do Blues", Smith foi a mais popular cantora de blues da década de 1920 e 1930,[1] Ela é frequentemente considerado como uma das maiores cantoras de sua época, e junto com Louis Armstrong, uma grande influência sobre aos vocalistas de jazz posteriores

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Blues antigo

Blues é uma forma musical, vocal ou instrumental que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva.

O blues tem sua origem na Africa, onde a tradição é passada de pai para filho. Nos EUA o Blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro- americana, especialmente aquela oriunda do sul dos EUA ( Alabama, Missisipi, Lousiana, Georgia), dos escravos da plantação de algodão que usavam o canto, posteriormente definido como blues, para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho.





Dois artistas antigos do blues:




Robert Johnson ( 1911-1938) foi um cantor e guitarrista norte-americano de blues. Johnson é um dos cantores mais influentes do Missisipi Delta Blues e é uma importante referência para a padronização do consagrado formato de doze compassos para o blues. Johnson é frequentemente citado como " o maior cantor de blues de todos os tempos", ou mesmo como o mais importante musico do sec XX. Seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior enfase no uso das cordas graves para criar um ritimo regular.





Bessie Smith ( 1894-1937) foi uma cantora de blues norte-americana. Às vezes referida como " A Imperatriz do blues", smith foi a mais popular cantora de blues da década de 1920 e 1930.

Smith começou a criar seu próprio show em torno de 1913 no teatro "81" situado na Atlanta. Em torno de 1920 ela estabeleceu uma reputação na região sul americana e ao longo da costa leste americana.


Ela alcançou um grande sucesso com seu primeiro lançamento, uma mistura de " Gulf coast blues" e " Downhearted Blues", Smith se transformou na atração principal no circuito de teatros negros e acabou se tornando sua atração mais popular nos anos 1920.























Bruna Calleffo Nº 1

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Blues é uma forma musical vocal e/ou instrumentalque se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva. Nos Estados Unidos surgiu a partir dos cantos de fé religiosa, chamadas spirituals e de outras formas similares, como os cânticos, gritos e canções de trabalho, cantados pelas comunidades dos escravos libertos, com forte raiz estilística na África Ocidental. Suas letras, muitas vezes, incluíam sutis sugestões ou protestos contra a escravidão ou formas de escapar dela.
O blues tem exercido grande influência na música popular ocidental, definindo e influenciando o surgimento da maioria dos estilos musicais como o jazz, rhythm and blues, rock and roll e música country, além de ska-rocksteady, soul music e influenciando também na música pop convencional e até na música clássica moderna.

As Origens

O blues tem sua origem na Africa, onde a tradição é passada de pai para filho. Nos Estados Unidos da América o Blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aquela oriunda do sul dos Estados Unidos (Alabama, Mississipi, Louisiana e Geórgia), dos escravos das plantações de algodão que usavam o canto, posteriormente definido como "blues", para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho. São evidentes tanto em seu ritmo, sensual e vigoroso, quanto na simplicidade de suas poesias que basicamente tratavam de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. Com os escravos levados para a América do Norte no início do século XIX, a música africana se moldou no ambiente frio e doloroso da vida nas plantações de algodão. Porém o conceito de "blues" só se tornou conhecido após o término da Guerra Civil quando sua essência passou a ser como um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. Era um modo mais pessoal e melancólico de expressar seus sofrimentos, angústias e tristezas. A cena, que acabou por tornar-se típica nas plantações do delta do Mississippi, era a legião de negros, trabalhando de forma desgastante, sobre o embalo dos cantos, os "blues".

O blues britânico

Um dos momentos mais marcantes do blues foi a apresentação de Muddy Waters em Londres no início dos anos 50. Foi um marco, pois dali em diante o blues ganharia renome internacional e influenciaria o surgimento de novas vertentes musicais, especialmente o rock n' roll. LogicamenteChuck Berry é indiscutível como iniciador do modelo rock, porém sua origem é absoluta no blues, ainda mais na música de Waters. Mas foi o reconhecimento do blues na Inglaterra nos anos 50 que alavancaria o nascimento de uma revolução na história da música ocidental. E foi da fusão do blues, com essa nova vertente, o rock, que nasceria o gênero que marcaria em essência toda a nova geração de músicos que surgia no cenário mundial. Era o blues-rock. Bandas como Rolling Stones,Yardbirds e mais posteriormente Cream, Fleetwood Mac, Jeff Beck e Led Zeppelin teriam suas raízes totalmente fundadas no blues elétrico de Chicago. Talvez o grupo de maior importância no recém surgido cenário blues britânico tenha sido John Mayall and the Bluesbreakers, que além de ter grande influência no crescimento do blues dentro do país, foi a banda-alçapão de músicos que viriam a se tornar importantíssimos nesse cenário musical em ascensão, como Eric Clapton, que posteriormente viria a formar o Cream, Peter Green que sairia do grupo para ser líder e compositor do Fleetwood Mac, e Mick Taylor, que seria requisitado como guitarrista dos Rolling Stones.
Com o reconheciment
o mundial desses músicos, os nomes clássicos do folk-blues americano como Robert Johnson, Son House, Muddy Waters, Howlin' Wolf e B.B. King passaram a ser referências diretas. Foi no Newport Folk festival de 1963que o blues teve seu auge, com a apresentação de diversas figuras consagradas do estilo. Daí em diante praticamente todos os músicos dos mais diversos estilos provenientes do rock e blues regravaram clássicos antigos. O Led Zeppelin, em seu primeiro álbum gravou uma série de composições de Willie Dixon, porém incluindo como autoria própria, o que resultaria em uma batalha judicial, que obrigaria a banda a identificar Dixon como autor original.
Na América, os efeitos foram diretos, e músicos como Creedence Clearwater Revival, The Doors, Bob Dylan e Jimi Hendrix desenvolveram seus estilos próprios fundamentados nas raízes do blues. Internamente, nomes como Albert King,Freddie King e Buddy Guy, iniciaram uma mudança na sonoridade do blues, juntando elementos típicos do rock, a guitarra distorcida e pesada, com o som tradicional, o que levaria alguns puristas a rejeitarem essa nova "moda" que contrariava o purismo tradicional da música.



BOB HITE

Bob "The Bear" Hite (26 de fevereiro de 1945 - 5 de abril de 1981) foi o vocalista líder da banda de blues-rock Canned Heat de 1965 à 1981.
Quando jovem, ele conseguiu um emprego em uma loja de discos e começou a acumular uma grande coleção de velhas gravações de blues, que foi a sua inspiração para se tornar um músico.
Ele foi apresentado à Alan Wilson por Henry Vestine e foram eles dois que ajudaram a convencer o lendário pianista de blues, Sunnyland Slim, a voltar ao estúdio para gravar. Em 1965, com apenas 22 anos, ele formou uma banda com Wilson. Henry Vestine se juntou a eles mais tarde e esse trio formaram a banda Canned Heat. O trio era, eventualmente, ajudado por Larry Taylor (baixista) e Frank Cook (bateria).
Foi ele quem produzi o álbum Hooker 'N' Heat (1971) de John Lee Hooker/Canned Heat. Bob Hite faleceu de ataque cardíaco no ano de 1981.
Bob é conhecido por ser bastante gentil com seus fãs; ao ser reconhecido em uma drogaria em Tarzana, na Califórnia, em 1973, ele alegremente deu o seu autógrafo sem ostentação. O fã surpreso gritou: "Bob Hite!" e ele retrucou com um sorriso, "Isso mesmo!" Ele então saltou e cumprimentou o fã amigavelmente.
Canned Heat apareceu no episódio de novembro de 1969 de Playboy After Dark. Bob Hite foi convidado a falar com Hugh Hefner após a apresentação, junto com outros convidados, tais como Sonny e Cher, Vic Damone, Dick Shawn e Larry Storch. Na presença de Lindsay Wagner, durante um jogo, quando Hefner perguntou a ela que animal Hite gostaria de ser se fosse um animal, Wagner afirmou um urso. Hite afirmou a ela que a resposta estava certa, e que as pessoas o chamam de "o urso".





quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Blues Britânico







Eric Patrick Clapton (30 de março de 1945) é um guitarrista, cantor e compositor britânico. Apelidado de Slowhand, é considerado um dos melhores guitarristas do mundo.
Embora seu estilo musical tenha variado ao longo de sua carreira, Clapton sempre teve suas raízes ligadas ao blues. Clapton foi considerado inovador pelos críticos em várias fases distintas de sua carreira, atingindo sucesso tanto de crítica quanto de público e tendo várias canções listadas entre as mais populares de todos os tempos, tais como "Layla", "Wonderful Tonight" e a regravação de "I Shot the Sheriff", de Bob Marley.
Em 2004 foi condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE).

Infância e início da carreira
Clapton nasceu em Ripley, na Inglaterra, Sua mãe era solteira e o teve com 16 anos de idade. Foi criado pela sua avó e pelo marido desta, acreditando que eles eram seus pais e que sua mãe era sua irmã mais velha. Descobriu a verdade aos 9 anos de idade, e essa revelação foi um momento muito marcante na sua vida. Depois disso, ele deixou de se aplicar na escola e se tornou um garoto calado, tímido, solitário e distante de sua família. Desde então, música era o que mais o refugiava e distraía das angústias da realidade. Era uma paixão, que no decorrer dos anos, fora passando a ser parte considerável de sua vida.
Seu primeiro emprego foi como carteiro e, aos 13 anos de idade, pela sua insistência, ganhou seu primeiro violão de sua avó Rose. Apesar da dificuldade inicial de aprender a tocar o instrumento, quase desistindo, acabou se esforçando para tocar os primeiros acordes influenciado por canções antigas de blues, que tentava reproduzir. Com um pequeno gravador, Eric se empenhava em reproduzir músicas de blues que gostava, até achar que estivesse tocando igual aos artistas originais, o que o auxiliou a desenvolver sua técnica. Em pouco tempo, já dedicava horas diárias ao aprendizado, e foi conseguindo dominar o instrumento.
Depois de completar o ensino básico, em 1962 Clapton fez um ano introdutório na Kingston School of Art, mas não continuou o curso. Em janeiro de1963, indicado pela namorada do guitarrista Tom McGuinness, que fora sua colega no curso de artes, ingressou na banda The Roosters. Seus ensaios eram no andar de cima de um pub e a guitarra, o teclado e o vocal iam no mesmo amplificador, pois não tinham muitos recursos. Chegaram a fazer algumas apresentações, e Eric permaneceu na banda até agosto do mesmo ano.

Discografia
- 1963 Sonny Boy Williamson and The Yardbirds (com Yardbirds)
- 1964 Five Live Yardbirds (com Yardbirds)
- 1965 For your love (com Yardbirds - coletânea americana)
- 1965 Having a Rave Up (com Yardbirds - coletânea americana)
- 1966 Blues Breakers with Eric Clapton (com John Mayall and The Bluesbreakers)
- 1966 Fresh Cream (com Cream)
- 1967 Disraeli Gears (com Cream)
- 1968 Wheels of Fire (com Cream)
- 1969 Goodbye Cream (com Cream)
- 1969 Blind Faith (com Blind Faith)
- 1969 Best of Cream (com Cream - coletânea)
- 1970 On Tour with Eric Clapton (com Delaney, Bonnie & Friends)
- 1970 Live Cream (com Cream - coletânea ao vivo)
- 1970 Eric Clapton
- 1970 Layla and Other Assorted Love Songs (com Derek and the Dominos)
- 1971 The Yardbirds Featuring Performances by: Jeff Beck, Eric Clapton, and Jimmy Page (com Yardbirds - coletânea)
- 1972 Live Cream Volume II (com Cream - coletânea ao vivo)
1972 Heavy Cream (com Cream - coletânea)
- 1972 History of Eric Clapton (coletânea)
- 1972 Eric Clapton at His Best (coletânea)
- 1973 In Concert (com Derek and the Dominos) (ao vivo em 1970)
- 1973 Clapton (coletânea)
- 1973 Eric Clapton's Rainbow Concert (ao vivo em 1972)
- 1974 461 Ocean Boulevard
- 1975 There's One in Every Crowd
- 1975 E.C. Was Here (ao vivo em 1975)
- 1976 No Reason to Cry
- 1977 Slowhand
- 1978 Backless
- 1980 Just One Night (duplo; ao vivo em 1979)
- 1981 Another Ticket
- 1982 Time Pieces: Best Of Eric Clapton (1970-1978)
- 1983 Money and Cigarettes
- 1984 Too Much Monkey Business
- 1984 Backtrackin'
- 1985 Behind the Sun
- 1986 August
- 1987 The Cream of Eric Clapton
- 1988 Crossroads (caixa)
- 1989 Homeboy
- 1989 Journeyman
- 1990 The Layla Sessions (com Derek and the Dominos) (caixa em comemoração aos 20 anos de lançamento)
- 1991 24 Nights (ao vivo em 1990)
- 1992 Rush
- 1992 Unplugged (ao vivo em 1992)
- 1994 From the Cradle
- 1994 Live at the Fillmore (com Derek and the Dominos) (ao vivo em 1973)
- 1995 The Cream of Clapton
- 1996 Crossroads 2: Live in the Seventies (CD quádruplo, gravações ao vivo de 1974 a 1978)
- 1998 Pilgrim
- 1999 The Blues (álbum duplo)
- 1999 Clapton Chronicles: The Best of Eric Clapton
- 2000 Riding With the King (com B.B. King)
- 2001 Reptile
- 2002 One More Car, One More Rider (ao vivo em 2001)
- 2004 Me and Mr. Johnson (versões de músicas de Robert Johnson)
- 2005 Back Home (álbum de estúdio)
- 2006 Road To Escondido" (álbum gravado com JJ Cale)
- 2007 Complete Clapton
- 2009 Eric Clapton and Steve Winwood (Live from Madson Square Garden)
- 2010 Eric Clapton Clapton (2010)

VÍDEOS:
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Thamyres Figueiredo, n°25, 2b




Blues Britanico


O blues britânico é uma forma de música derivada do blues estadunidense que se originou na década de 1950 e que alcançou o máximo de popularidade na década de 1960, quando desenvolveu um distintone influente estilo dominado pela guitarra elétrica e deu origem a estrelas internacionais de alguns proponentes do gênero, incluindo The Rolling Stones, Eric Clapton, Fleetwood Mac e Led Zeppelin. Um número destes moveu-se para o mainstream do rock e, como resultado, o blues britânico ajudou a formar muitos sub-gêneros do rock. Desde então, o interesse direto no blues no Reino Unido diminiui, mas muitos dos artistas-chave retornaram ao estilo em anos recente, novos atos emergiram e há um renovado interesse no gênero.

Origens

O blues estadunidense se tornou conhecido no Reino Unido da década de 1930 em diante através algumas fontes, como gravações levadas ao país, particularmente por negros do exército americano estacionados lá na Segunda Guerra Mundial e na Guerra Fria, e também através de importações ilegais. O blues era relativamente conhecido para músicos britânicos de jazz e fãs e presente especialmente nos trabalhos de figuras como as cantoras Ma Rainey e Bessie Smith e os influenciados pelos blues Boogie Woogie de Jelly Roll Morton e Fats Waller.
Em 1955, a maior parte das gravações britânicas eram realizadas na HMV e EMI, sendo que esta trouxe a sua subsidiária Decca Records, que começou a distribuir o jazz americano, aumentando as gravações de blues para o que era um mercado emergente. Muitos tiveram contato com a música através da mania do skiffle na segunda parte da década de 1950, particularmente pelas canções de Leadbelly, interpretadas por artistas como Lonnie Donegan. Como o skiffle começou a perder popularidade no final dessa década e o rock and roll britânico começou a dominar as paradas, vários músicos foram do skiffle para o blues. Entre esses estava o guitarrista e tocador de gaita Cyril Davies, que fez cuidou do London Skiffle Club (Clube de Skiffle de Londres), que tinha sede na casa pública Roundhouse em Londres, e o também guitarrista Alexis Korner. Ambos trabalharam para o líder de bandas de jazz Chris Barber, tocando no segmento R&B que ele introduziu para o espetáculo.O clube servia como um ponto de encontro para os atos do skiffle britânico e Barber era responsável por trazer músicos americanos de folk e blues, os quais eram muitos melhor pagos e mais conhecidos na Europa do que em sua terra natal. O primeiro grande artista foi Big Bill Broonzy, que visitou a Inglaterra na metade da década de 1950, mas que mais do que o seu Chicago blues elétrico, tocava um folk blues ajustando-se às expectativas do blues americano como um forma de música folk. Em 1957, Davies e Korner decidiram que o seu interesse central era o blues e fecharam o clube de skiffle, reabrindo-o um mês depois como The London Blues and Barrelhouse Club (O Clube de Blues e Bar de Londres). Nesse momento, o blues britânico era tocado imitando o Delta blues e o country, fazendo parte da segunda onda emergente do folk britânico. Criticado ao mudar esse estilo, Muddy Waters, que visitou o país em 1958, inicialmente chocou as audiências britânicas ao tocar um blues elétrico com amplificadores; porém, brevemente já estava tocando para multidões estáticas e em delírio. Davies e Korner, tendo já se separado de Barber, agora tocavam um blues elétrico amplificado que se tornou modelo para o sub-gênero; eles formaram a banda Blues Incorporated.

A Blues Incorporated tornou-se algo como uma casa aberta para músicos de blues no final dos anos 50 e no início da próxima década. Muitos artistas fizeram parte da banda ou participaram de sessões, tais como Mick Jagger, Charlie Watts e Brian Jones (que depois seriam dos Rolling Stones), Jack Bruce e Ginger Baker (fundadores da Cream), Graham Bond e Long John Baldry. A casa rotineira de apresentações do grupo era o Marquee Club e daí que veio o nome para o primeiro álbum de blues britânico , R&B from the Marquee, lançado pela Decca. O modelo de blues elétrico serviu de base para várias bandas, como The Rolling Stones, The Animals e The Yardbirds. O auge desse primeiro movimento de blues veio com John Mayall, que se mudou para Londres no início dos anos 1960 e depois formou os Bluesbreakers, cujos membros incluíram Jack Bruce, Aynsley Dunbar e Mick Taylor. Particularmente significativo foi o álbum de 1966 Blues Breakers with Eric Clapton, considerado uma das gravações seminais do blues britânico. O disco foi notável pela sua direção e ritmo e por um som distorcido vindo da guitarra Gibson Les Paul de Clapton e de um amplificador Marshall, os quais se tornaram algo como uma combinação clássica para os guitarrista de blues britânico (e depois também para os de rock). Ele também fez clara a supremacia da guitarra, vista como uma característica que distinguia o sub-gênero. Peter Green começou o que é chamada de "segunda grande época do blues britânico".Green substituiu Clapton nos Bluesbreakers; Clapton havia saído para formar o Cream. Em 1967, depois de uma gravação com os Bluesbreakers, Green, com Mick Fleetwood e John McVie, também da banda, formaram a Fleetwood Mac. Um fator chave no desenvolvimento da popularidade e da música pelo Reino Unido e pela Europa no começo da década de 1960 foi o sucesso das turnês do American Folk Blues Festival, organizadas pelos produtores alemães Horst Lippmann e Fritz Rau.
A ascensão do blues elétrico e o seu sucesso no mainstream significaram que o blues acústico britânico estava completamente ofuscado. No começo da década de 60, Bert Jansch, John Renbourn e particularmente Davy Graham, pioneiros do violão folk (que tocaram e gravaram com Korner), tocaram blues, folk e jazz, desenvolvendo um estilo de tocaram guitarra conhecido como folk baroque. O blues britânico acústico continuou a se desenvolver como parte de uma cena folk, com figuras como Ian Anderson e a sua Country Blues Band, Al Jones e Mike Cooper. Muitos músicos do gênero puderam alcançar um pequeno sucesso comercial mas, na maioria, encontraram muita dificuldade para ganhar algum reconhecimento pelas suas "imitações" do blues dos EUA.


O bom do blues britânico

Enquanto a Blues Incorporated e a Mayall's Bluesbreakers eram bem conhecidos nos circuitos de jazz e R&B de Londres, a próxima geração de bandas de blues britânico estavam prontas para ter uma popularidade no mainstream. Os Rolling Stones e os Yardbirds foram beneficiados pelo Beat Boom britânico que começou a romper a barreira do seu a partir de 1962 e que, em 1964, levou essa bandas a encabeçarem a Invasão Britânica. Além de covers de canções do Chicago Blues, os Stones interpretavam músicas de Chuck Berry, Buddy Holly e Bobby e Shirley Womack. Foi com uma canção destes que a banda teve uma música sua como número um no Reino Unido, em 1964. O blues continuou influenciando a música dos Rolling Stones - o seu lançamento de Little Red Rooster como single levou a canção ao topo das listas do país, em dezembro de 1964 - mas eles não eram somente um grupo de blues. Os Yardbirds tiveram um pouco de sucesso com o single "For Your Love", baseada em blues e com alguns sons pop, em 1965, o que causou a saída de Eric Clapton da banda. Como no caso dos Stone, o blues continuou sendo a maior influência entre muitas outras nos Yardbirds, mesmo com diferentes formações, que incluíram Jeff Beck e Jimmy Page. A outra banda que teve um impacto similar nesse período foi a The Animals, que tinha um som dominado pelos teclados de Alan Price, não muito usual à época, e uma das poucas vozes que podiam rivalizar com os cantores de blues americano pelo impacto, com Eric Burdon nos vocais. Eles se mudaram para Londres em 1964 e lançaram uma série de singles de sucesso, começando com "House of the Rising Sun", misturando folk e soul mais comerciais, enquanto seus álbuns eram dominados por um padrão de blues.
Em contraste, a próxima onda de bandas, formadas por volta de 1967, como Cream, Fleetwood Mac, Ten Years After e Free, perseguiu uma rota diferente, mantendo um padrão de blues no seu repertório e produzindo um material original que sempre evitava óbvias influências pop, colocando ênfase na virtuosidade individual. O resultado foi caracterizado como Blues-rock e indiscutivelmente marcado como a separação do pop e do rock, que foi a característica da indústria de gravadoras po várias décadas.A Fleetwood Mac é frequentemente consideradas por ter produzido alguns os melhores trabalhos do sub-gênero, com interpretações originais de Chicago Blues. Eles foram também o grupo mais bem-sucedido comercialmente, com seu homônimo álbum de estreia, atingindo o top 5 dos Reino Unido no começo de 1968 e atingindo o número um em 1979 com o single instrumental "Albatross". Isso foi, como Scott Schinder e Andy Schwartz colocaram, "o apogeu do boom do blues britânico".Um rápido declínio se seguiu, com as bandas e os músicos sobreviventes tendendo a se mover para outras áreas em expansão do rock. Alguns, como Korner e Mayall, continuaram a tocar uma "pura" forma de blues, mas muito longe das notícias do mainstream. A estrutura dos clubes, pontos de encontro e festivais que tinham crescido no início da década de 1950 virtualmente desapareceram nos anos 70.

Sobrevivência e ressurgência

Apesar de ofuscados pelo crescimento do rock, o blues não desapareceu no Reino Unido, com bluesmen americanos como John Lee Hooker, Eddie Taylor, e Freddie King continuando a serem bem recebidos no país. Uma cena doméstica ativa liderada por figuras como Dave Kelly e sua irmã, Jo Ann Kelly, ajudou a manter o blues acústico vivo no circuito britânico de folk. Dave Kelly também foi um dos fundadores do The Blues Band com os antigos integrantes da Manfred Mann, Paul Jones e Tom McGuinness, Hughie Flint e Gary Fletcher. A Blues Band foi creditada como ter dado o pontapé inicial para um segundo "boom" do blues no Reino Unido, que, pelos anos 1990, liderou festivais pelo país, incluindo The Swanage Blues Festival, The Burnley National Blues Festival, The Gloucester Blues and Heritage Festival e The Great British Rhythm and Blues Festival em Colne.
O século vinte e um viu uma explosão de interesse no blues no Reino Unido que pode ser vista pelo sucesso de atos anteriormente desconhecidos como Seasick Steve, in the return to the blues by major figures who began in the first boom, including Peter Green, Mick Fleetwood, Chris Rea and Eric Clapton,assim como a chegada de artistas mais jovens como Matt Schofield e Aynsley Lister.

Impacto

Além de sar um começo a mutios músicos importantes do blues, pop e rock, a cena britânica de blues também deu origem a sub-gêneros do rock como o rock psicodélico e o rock progressivo. A perseguição dessa linha de desenvolvimento desde o final da década de 1970 formou bandas de rock baseadas no blues, como Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath, que liderariam o Hard rock, e mais recentemente, o Heavy rock e Heavy metal.
Talvez a mais importante contribuição do blues britânico seja a surpreendente re-exportação do blues americano de volta para os Estados Unido, onde, com o sucesso de bandas como Rolling Stones e Fleetwood Mac, audiências de brancos começaram a olhar novamente a músicos negros de blues como Muddy Waters, Howlin' Wolf e John Lee Hooker, que, repentinamente, começaram a ser atração na classe média de brancos americanos. O resultado foi a re-avaliação de blues nos Estados Unidos, o que fez com que muitos americanos mais facilmente se tornassem músicos de bues, abrindo portas para o Southern rock e o desenvolvimentos do Texas blues com músicos como Stevie Ray Vaughan.